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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Em Deus somos uma família unida - Rm 11.1-2; 13-14; 28-32

Coxim-MS - O mês de agosto é um mês muito importante para todos nós. Ele é importante não somente porque nós nos lembramos o dia dos pais. Mas, ele é importante porque nesse dia, o dia dos pais, nós podemos refletir sobre um tema que está intimamente ligado com a figura do pai - a família. E como é importante para nós podermos refletir sobre a família, principalmente o relacionamento entre pais e filhos. Um relacionamento que por vezes parece desgastado, fragilizado frente ao turbilhão de problemas e tentações que nos cercam, como por exemplo; as drogas, a sexualidade irresponsável, a criminalidade,o abandono, a omissão de pais para com seus filhos, etc. Diante dessa realidade que está aos nossos olhos nos perguntamos se é possível ainda hoje manter a família unida, ou até mesmo, se vale a pena ter uma família. Diante dessa nossa pergunta, o apóstolo Paulo nos convida a olhar a família pelos olhos de Deus e ver como Deus age em amor e misericórdia para com seus filhos, até mesmo aqueles filhos rebeldes que o rejeitaram. Assim diz o apóstolo Paulo: "Pergunto, pois: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo (filhos)? De modo nenhum!... Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu" (Rm 11.1-2). Essas palavras do apóstolo Paulo nos convida a olhar para três direções no relacionamento de Deus para com seu povo. Um relacionamento de um Pai para com seus filhos: 1º Deus não rejeita seus filhos rebeldes; 2º Deus acolhe a todos; 3º Deus age como amor para com seu povo (filhos). O apóstolo Paulo está escrevendo para os cristãos gentios de Roma. Essas pessoas pensavam que por o povo de Israel ter sido rebeldes e não aceitado a Jesus como o Messias, Deus os havia rejeitado. Pensavam eles que a salvação era algo que se alcança por merecimento, por aquilo que se faz de bom, por boas obras. O apóstolo Paulo ao fazer a sua pergunta: "terá Deus, porventura rejeitado seu povo?"(Rm 11.1) dirige os olhos de todos para uma realidade que o povo não estava conseguindo enxergar. Tanto Israel como os gentios são filhos de Deus. Eles não são filhos porque fizeram algo para merecerem isso. Eles são filhos porque Deus os escolheu. Assim, os israelitas eram filhos por causa da promessa que Deus fez aos seus "pais" no passado.E é por causa da sua promessa que Deus continua amando e desejando a salvação desse povo.Os gentios eram filhos por causa do Evangelho, da boa-nova da salvação: Jesus. Mesmo que os motivos que os fazem filhos possam ser diferentes, o amor de Deus por ambos é o mesmo. Assim, conforme Paulo, todos são salvos pela graça de Deus. É baseado nessa graça, nessa bondade, que Deus não rejeitou o seu povo. A história de Israel é como a história de um pai que tem dois filhos. O filho mais velho, motivado pela rebeldia, afasta-se do Pai e acaba andando por um caminho tortuoso, sujo qual, o Pai jamais desejou que seu filho andasse. Como lição do mal caminho do filho mais velho, o filho mais moço busca refúgio e proteção nos braços ternos do Pai poi, sabe que ali sempre estará seguro. Qual dos filhos o Pai ama mais? A ambos! O pai não deixou de amar o filho rebelde, antes deseja ardentemente que esse possa retornar para os seus cuidados e proteção. Assim também é o desejo de Deus para com o povo de Israel. Eles são os filhos mais velho, que revoltaram-se contra o Pai e o abandonaram, acabando por andar em maus caminhos. Os gentios são os filhos mais moço que pela revolta do filho mais velho, e pelos seus maus caminhos foram levados a buscar refúgio e proteção nos braços do Pai. No entanto, Deus continua amando ardentemente a ambos. Ele não rejeitou o filho mais velho, mas, quer tê-lo de volta. Quando olhamos para a nossa realidade como família, muitas vezes diante dos problemas que nos cercam, que fazem termos dúvidas se de fato Deus está conosco, nos ajudando nessa tarefa de educar, guiar, amar, amparar e consolar os nossos filhos, de sermos bons maridos ou boas esposas, acabamos fazendo a mesma pergunta que o apóstolo Paulo fez: "Terá Deus nos abandonado?"Será que ele nos rejeitou por causa das nossas falhas e de nossas fraquezas como pai e esposo? Se olharmos como o mundo olha, pelos olhos das obras e da lei chegaremos a conclusão que de fato Deus só pode ter nos rejeitado. Como Deus aceitaria um pai que falha no seu dever de educar e amar os filhos? Como pode Deus continuar amparando e cuidando de pessoas fracas? No entanto, amados irmãos, essa não é a maneira de Deus olhar para nós. Deus nos olha pelos seus olhos de amor. E, o que ele vê por esse olhos de amor? Pessoas fracas, falhas, fragilizadas que precisam ser acolhidas, amparadas, consoladas e fortalecidas. Qual a reação de Deus diante dessa realidade? Paulo nos responde: "Deus não rejeitou seu povo, que ele escolheu desde o princípio" (Rm 11.2). Deus não rejeita, antes estende o seu braço e nos acolhe, nos oferece amor, carinho, proteção, consolo, etc. e nos trata com bondade. Podemos ver essa bondade de Deus para conosco nas palavras do Salmo 103.13: "Deus é quem perdoa todos os meus pecados e sara todas as minhas enfermidades."Ou ainda conforme o Salmo 67.1: "Seja Deus gracioso para conosco e nos abençoes e faça resplandecer sobre nós o seu rosto (nos trate com bondade (Nova tradução na Linguagem de hoje))." É nessa "bondade de Deus" que nós podemos encontrar forças e ajuda para que possamos cumprir com a nossa vocação de Pai, mãe, filhos, marido e esposa. É nessa "bondade" que Deus nos une como família e derrama sobre nós todos os seus cuidados e bênçãos. Assim, eu sou um bom pai, ou uma boa mãe, ou um bom filho, um bom marido, uma boa esposa por causa da bondade de Deus que me orienta, fortalece e está sempre presente. É baseado nessa bondade de Deus, que olha para além dos nossos pecados e nos vê como filhos amados, que o apóstolo Paulo pode responder convictamente: "De modo nenhum... Deus não rejeitou o seu povo".É nessa bondade que Paulo aguarda com esperança o retorno de seus irmãos para que unidos, Judeus e Gentios, como uma única família, alcancem a plenitude da salvação. Conclusão:De fato, para nós não é fácil refletir sobre a família diante da realidade que nos cerca. Mas, quando olhamos pelos olhos de Deus e de sua bondade para conosco, podemos ver que Deus nos une como família mesmo e apesar de nossas fraquezas, falhas e fragilidades e nos oferece o seu consolo, cuidado e proteção. E é nesse cuidado, consolo e proteção que encontramos forças e ajuda para sermos bons pais e bons filhos. As nossas relações estão todas agora preenchidas pelo amor de Deus, que nos guia pelo caminho do amor, perdão e reconciliação. E é por meio dessa bondade e desse amor, que podemos dizer nesse mês e a cada dia do ano: Feliz dia dos Pais! Amém - Pastor Elton Americo - Coxim-MS.

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