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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Deus nos abre mais um ano "da" Graça - Lc 23.27-43

Estamos chegando ao final de mais um ano da igreja. Chegar ao final muitas vezes pode nos trazer sentimentos diversos. Por exemplo, quando estamos chegando ao final de mais um ano letivo, temos o sentimento de um dever cumprido, um sentimento de alívio pelo ano que está terminando. No entanto, para aqueles que não cumpriram com o esperado, o final do ano escolar pode significar desespero, correria e até mesmo choro, por saber, que deixaram para última hora e agora não há mais tempo para recuperar o que ficou para traz.
Mas o final, também pode significar recomeço. Saber que um ano está acabando é também saber que um novo ano está para começar e também recomeçar aquilo que não se conseguiu fazer no ano que passou.
O texto bíblico para o dia de hoje nos mostra um “final” que nos traz a oportunidade de recomeço.
Não por acaso, esse texto está colocado entre o final do ano da igreja, onde podemos olhar para traz e vermos como a igreja, nós, caminhamos durante esse ano, e, o início, o “Advento”, o tempo em que somos novamente preparados para recebermos a boa notícia do nascimento do menino Jesus, a boa notícia que enche as nossas vidas de esperança, consolo e força para podermos recomeçar a nossa caminhada aqui na terra, rumo ao céu.
Olhando para a caminhada de Jesus rumo ao Cálvario, a sua crucificação e morte, vemos a caminhada da igreja hoje no mundo. Esse caminho ao qual nós podemos caminhar hoje, foi pisado e marcado pelo sangue e sofrimento de Jesus.
Por isso, o caminho da cruz, é o caminho pelo qual Jesus abre para o seu povo, a sua igreja (nós) as portas do céu.
Esse caminho, no entanto, não é um caminho fácil, antes, é um caminho marcado por contradições, por palavras, choros, ofensas, alertas, e, também, por perdão, acolhimento e amor. Perdão, acolhimento e amor de Jesus por todas as pessoas, até mesmo, aquelas que os estavam maltratando, humilhando e o levando a morte.
As mulheres que o acompanhavam sentiram em suas palavras o cuidado e o consolo que Jesus estava oferecendo para todas as pessoas, também para elas. As palavras de Jesus atravessam as lágrimas e os lamentos daquelas mulheres e vão direto ao seu coração. E essas palavras de Jesus são ao mesmo tempo um alerta e um convite carinhoso para que aquelas mulheres pudessem colocar a suas vidas ao cuidado dele. “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos”.
Em primeiro lugar, Jesus alerta a essas mulheres que não é por causa dele que elas deviam chorar, mas sim por ela e por seus filhos.
Por haverem rejeitado a Jesus, e assim, a salvação a qual Deus mesmo havia enviado, o povo trouxe sobre si a destruição. Essa destruição iria se concretizar nos ano 70 d.C, quando o império Romano invadiria Jerusalém, destruiria o Templo, o qual significava para o povo a presença de Deus, e toda a cidade ficaria em ruínas. Esse dia seria um dia de muito choro, lamento e tristeza. É para esse dia que Jesus aponta o choro e o lamento dessas mulheres.
No entanto, esses dias ainda não haviam chegado, e por isso, Jesus aponta em suas palavras, “não chorem por mim, mas por vocês e seus filhos”, para a necessidade de arrependimento e perdão.
Arrependimento e perdão aqui significam, voltar para Deus e entregar nas mãos de Deus toda a vida e todo cuidado, certos, de que Deus acolheria o povo novamente.
Essa foi a mensagem que os apóstolos anunciaram ao povo após Jesus ter subido ao céu. Um convite renovado pela “ressurreição” de Jesus, para o povo reconhecer os seus pecados e agora entregar as suas vidas a Deus.
Esse é o convite que nós também recebemos diariamente de Deus. Um convite para que possamos reconhecer os nossos pecados, nossas vidas quebradas, e agora, voltarmos para Deus e entregarmos essa nossa vida a ele, na certeza de que Deus nos acolhe assim como nós somos, e nos oferece o seu perdão. Perdão que podemos encontrar na caminhada de Jesus no Cálvario. E essa mensagem é renovada sempre de novo para nós em cada “Advento”, onde podemos ter a certeza do recomeço diante de Deus. A certeza de que o tempo da “graça”, da paciência e do convite de Deus para uma vida sobre os seus cuidados, amparo e perdão de Deus está novamente sendo aberto para nós.
Encontramos agora nas palavras de Jesus: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (v. 33), todo o consolo e alívio diante de nossas vidas manchadas pelo pecado e maldade.
Duas coisas nos chamam a atenção nesse versículo: 1° Deus não olha para os nossos pecados, antes, olha para Jesus; 2° O Jesus humano, que conhece a nossa dor e as nossas fraquezas e por isso se compadece de nós.
1° Deus não olha para os nossos pecados, antes, olha para Jesus: Sabemos e reconhecemos que os nossos pecados, que a nossa maldade não agrada a Deus. Antes, esses pecados provocam a ira de Deus. O salmista Davi coloca essa realidade diante de nossos olhos quando diz: “Contra ti eu pequei – somente contra ti (Deus) – e fiz o que detestas. Tu tens razão quando me julgas e está certo quando me condenas.” (Sl 51.4 NTLH). Em outro texto o mesmo Rei Davi nos mostra o que o mesmo pecado faz conosco: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.” (Sl 32.3).
O nosso pecado de fato nos afasta de Deus e impede que possamos viver em comunhão com Deus, sobre seus cuidados, como nos coloca o apóstolo Paulo: “O salário do pecado é a morte”.
Entretanto, o caminho que Jesus está caminhando oferece para cada um de nós uma nova oportunidade para podermos vivermos diante do amor e do perdão de Deus. Encontramos essa nova vida nas palavras de Jesus: “Pai, perdoa-lhes”.
Essas palavras que são ditas aos soldados e aqueles que entregaram Jesus a morte, são palavras de misericórdia, de um Deus que se compromete com a sua criação, e quer tê-la sempre junto de si.
O apóstolo Paulo nos revela essa preocupação de Deus em ter o seu povo (nós) vivendo junto dele com as palavras: “Porque Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo, não imputando (olhando) aos homens as suas transgressões (pecados, maldades)...” 2Co 5.19.
Deus estava em Cristo fazendo as pazes conosco, não levando em conta os nossos pecados, mas antes, olhando para Jesus, que carregou em seu caminho, sob a cruz, rumo ao Cálvario, a nossa culpa e o nosso pecado. E o apóstolo Pedro completa: “O próprio Cristo levou os nossos pecados no seu corpo sobre a cruz a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos uma vida correta (para Deus).” (1 Pe 2,24 NTLH).

2° O Jesus humano, que conhece a nossa dor e as nossas fraquezas e por isso se compadece de nós.
Outro aspecto importante de Jesus que podemos ressaltar nesse texto, é o aspecto humano de Jesus. Jesus como verdadeiro Homem, que conheceu a nossa dor, a nossa fraqueza a nossa limitação.
É nesse Jesus humano que podemos encontrar consolo. Jesus sabe o que é ser tentado, pois ele mesmo foi tentado como nós somos tentados.
O aspecto humano de Jesus não enfraquece o que Jesus é: Salvador. Pelo contrário, temos a certeza que temos um Deus que conhece as nossas dores, os nossos problemas, e por isso, se compadece de nós é quer salvar-nos.
Ter um Deus que se sujeitou a viver como nós vivemos, que chorou, sentiu fome, friu, etc... é ter a certeza de um Deus próximo de nós, e que pode de fato oferecer par nós o seu perdão, amparo, consolo e alívio para as nossas cargas.
É nessa esperança, de saber que Jesus estava sofrendo igual a ele, mesmo sendo Jesus inocente, que o malfeitor na cruz pode encontrar em Jesus o seu Salvador.
Não um Salvador que é indiferente ao seu problema, que não conhece a sua dor nem a sua fraqueza, mas sim, um que se fez igual a ele, e que pode então acolhê-lo mesmo em diante da morte.
É diante dessa realidade, desse Jesus ao lado dele, que esse malfeitor (ladrão) pode reconhecer a sua culpa diante de Deus; “a nossa condenação é justa, e por isso estamos recebendo o castigo que nó merecemos por causa das coisas que nós fizemos” (v. 41) e pedir por seu perdão: “Lembra-te de mim quando vieres com Rei” (v.42).
Ele sabe que não é merecedor do perdão e da misericórdia que Jesus estava oferecendo, e que não tinha nada para oferecer para Jesus que pudesse mudar a sua situação, a não ser a sua vida de um condenado a morte (pecador), mas reconhece em Jesus o tempo “da graça” que lhe está sendo aberto, e diante dessa misericórdia coloca a sua vida de pecados e condenação.
O que esse malfeitor recebe de Jesus? A resposta de Jesus, é a resposta daquele que conhece a dor e o sofrimento que o pecado causa na vida das pessoas, e por isso, oferece o remédio que cura essa enfermidade, o perdão e o acolhimento: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso”. (v.43). Ainda hoje desfrutaras dos cuidados de teu Criador. Ainda hoje estarás nos braços de Deus.
Esse tempo “da graça”, que fora oferecido a este homem, bem como a todos que ali estavam, mesmo que não aceitaram e não reconheceram esse tempo de perdão, continua hoje a ser oferecido a cada um nós.
As palavras; “ainda hoje estarás no paraíso”, continuam sendo ditas, e o tempo de perdão e arrependimento continua sendo aberto para nós. E o convite de Jesus é : venham todos, deixe que eu cuide de vocês. Eu conheço como ninguém as suas dores, os seus sofrimentos, as suas lágrimas, por isso, estou oferecendo a vocês o remédio que pode suavizar a dor, e trazer para suas vidas, paz de consciência, alívio para o sofrimento e a certeza do cuidado e do amor de Deus: “Venham a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês de suas pesadas cargas”, ou como nos coloca o apóstolo Paulo, na epistola do dia: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou (levou) para o reino do Filho do seu amor, no qual temos redenção, a remissão dos pecados.” (Cl1.13-14).
Ser liberto do pecado (império das trevas), ter nossos nomes no Reino de Deus (transportados para o Reino de seu Filho), e viver diante do perdão diário (redenção), é estar sempre de novo diante do tempo da graça de Deus. Um tempo que Jesus nos abre ano após ano até a sua vinda. Um tempo que nos garante que viveremos também com Deus, nos seus braços e sob seus cuidados no céu para toda eternidade. Amém.

Elton Americo - Sapiranga

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Banda São Mateus participa de Festival de Bandas

Sapiranga - R.S: A Banda de Jovens da Comunidade São Mateus participou no último domingo dia 21/11/2010 do festival de bandas Luterana do Distrito DIVASI. Além das bandas de jovens de todo o distrito, houve a participação especial da Banda Castelo Forte e São e Salvos.
No mesmo evento outro grupo de jovens da Comunidade se apresentou, lançando com o nome do grupo - Para Ver-te; um projeto de site onde bandas luteranas terão a oportunidade de divulgar o seu trabalho gratuitamente...
Confira abaixo algumas músicas apresentada pela banda...

O Teu Amor

Quero Louvar-te