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terça-feira, 17 de abril de 2012

As marcas que trazem a paz- Jo 20.19-31

Coxim-MS: Vivemos em uma sociedade cheia de “marcas”. Violência, corrupção, insegurança, falta de amor, infidelidade, tragédias etc. Ao olharmos os jornais vemos os sinais dessas marcas em nossas vidas.Essas “marcas” são cicatrizes abertas em nossas vidas e produzem sentimentos como: medo, insegurança, falta de paz e desconfiança. E frente a essas cicatrizes nos resta apenas um grito de socorro por alguém que possa nos socorrer e cuidar de nossa ferida. O Evangelho a pouco lido também nos fala de marcas, cicatrizes: “...veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco! E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado...” (Jo 20. 27). E essas “marcas” ao qual o Evangelho nos apresenta, as marcas que testemunham a ressurreição de Jesus, vêm ao encontro de vidas cheias de cicatrizes para dar-lhes o cuidado necessário para as suas feridas abertas pelo pecado. E a elas agora oferecem a paz: “Paz seja convosco” Os discípulos de Jesus reconhecem a necessidade da paz que Jesus estava oferecendo a eles. Suas vidas estavam marcadas pelo medo, pela desconfiança, pela incredulidade. As portas trancadas da casa onde se encontravam mostram isso.Tinham medo dos judeus, de suas autoridades, temiam ser penalizados por serem seguidores de Jesus. Sua fé que antes lhes davam coragem para acompanhar o mestre e amigo para todos os lados parece estar ausente e o que resta é o medo e as portas trancadas. Estavam desconfiados! Será que tudo aquilo a que depositaram sua fé era em vão. A morte de cruz de Jesus levava os discípulos a pensarem assim. Não se lembravam das palavras do próprio Jesus que os havia advertido por três vezes: “era necessário que o Filho do Homem sofresse muitas coisas, fosse rejeitado pelos anciões, pelos principais escribas e sacerdotes, fosse morto e que, depois de três dias, ressuscitasse” (Mc 8.31). Estavam incrédulos! Haviam perdido a sua fé. Não se reuniam mais todos juntos. Muitos voltaram a sua antiga vida, pois, a sua esperança havia sido frustrada na cruz. E agora a única confissão que resta é: “Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão ao seu lado, de modo algum acreditarei.” (Jo 20.24). Medo, desconfiança, incredulidade! Essas cicatrizes continuam abertas até hoje. E elas estão presentes na vida de cada um de nós. Frente às marcas deixadas pelo pecado; Violência, corrupção, insegurança, falta de amor, infidelidade, tragédias etc. continuamos com medo, desconfiados e incrédulos. Medo, porque assim como os discípulos de Jesus, estamos inseguros, desprotegidos, sem ter como nos defender de todos esses males. Dessa forma não conseguimos mais confiar em nada e em ninguém, pois, não conseguimos encontrar a ajuda necessária para nos resgatar, para nos salvar dessa nossa situação de medo. E incredulidade! Precisamos ver para crer. Estamos cansados de sermos enganados por tantas crenças que não nos oferece o que mais precisamos: cuidados, proteção e paz. E assim trancamos as portas de nossas vidas para nos protegermos. Frente a esses sentimentos de medo, desconfiança e incredulidade, marcas tão abertas na vida dos discípulos, bem como em nossas vidas também, Jesus se coloca em nosso meio e diz: “Paz seja convosco” (Jo 20.19). Que palavras são essas de Jesus? Que paz é essa que Jesus oferece? O que essa paz muda na vida dos discípulos? E na nossa vida, o que ela muda? Frente a nossa fragilidade e necessidade de sermos socorridos, surgem essas perguntas. E em meio a tantos “porquês” e “o que” esta a resposta de Jesus: “Paz seja convosco, vejam as minhas mão e o meu lado, sou eu, Jesus.” As palavras de Jesus, “paz seja convosco”, envolvidas pela ação de mostrar-lhes as feridas, as cicatrizes da cruz, muda o sentimento que envolvia os discípulos. O medo, as portas trancadas, a desconfiança, tudo isso dá lugar a alegria: “Alegraram-se, portanto os discípulos, ao verem o Senhor”. Jesus havia de fato ressuscitado como havia prometido. A fé que depositaram no amigo e mestre não era vã. Ao ressuscitar, Jesus liberta os discípulos do medo, das portas trancadas, mostrando que o amor doado até a morte não é sinal de tristeza, mas antes é sinal de vitória e alegria, oferecendo para eles a “paz”. A “paz” que muda a vida dos discípulos. A paz que muda a nossa vida, nos buscando em meio aos nossos medos e desconfiança, nos oferecendo cuidados e amor. Podemos ter a certeza de quando nos sentimos desamparados, sozinhos, com medo, Jesus estende suas mãos com as cicatrizes da cruz, e nos acolhe, cuida de nós, nos ampara e abre as portas de nosso coração para vivermos diante de seu amor. Assim, as cicatrizes de Jesus tornam-se marcas de amor. Marcas do amor de Deus por nós. Amor que esteve presente na criação, quando Deus soprou no homem o fôlego da vida. Amor que está presente na ação de Jesus em doar-lhes o Espírito Santo: “e havendo dito isso, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo. 20.22). Ambos os gestos, de Deus na criação, e de Jesus aos discípulos, em “soprar sobre o ser humano”, Adão e os discípulos, tem o mesmo sentido: Doar vida. Uma vida que foi perdida com a queda em pecado e manchada pela morte. Vida que estava sendo restabelecida com o envio do Espírito Santo. E o resultado da “vida” que Jesus estava restabelecendo com a sua ressurreição é: perdão e fé. Em primeiro lugar, o Espírito Santo daria ao homem a certeza de que na morte de Jesus, todos os nossos pecados foram apagados aos olhos de Deus. Com a certeza do perdão dos pecados, e que os mesmos já não mais podiam acusar o homem diante de Deus, resta ao homem a “paz”. A paz que Jesus oferece aos discípulos. A paz que Jesus oferece a nós: A paz diante de Deus. Em segundo lugar, o Espírito Santo romperia o coração incrédulo e desconfiado. Se por um primeiro momento a cruz havia se tornado em frustração para os discípulos, ao ponto de agora precisarem ver para crer, agora ele produziria um novo sentimento. Sentimento de confiança, segurança e confissão: “Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.27). Assim, a confissão de Tomé, é a confissão de todos os seguidores de Jesus, em todos os tempos. E essa confissão vai além das palavras, mas é o colocar-se aos pés de Jesus para receber daquilo que ele estava oferecendo: vida. E na vida que Jesus estava oferecendo, a qual Tomé se jogou por inteiro aos pés do Salvador, não ignora as marcas em nossas vidas de sofrimento e dor, mas antes nos acolhe, cuida das feridas e oferece alivio e conforto frente ao nosso medo e desconfiança. Jesus cuida de nós, perdoa os nossos pecados e nos acolhe em seu reino e nos oferece: Paz seja convosco em sua vida. Meus amados irmãos na fé do Salvador Jesus! Certamente as nossas vidas estão cheias de cicatrizes. Jesus, com a sua doce voz nos chama e nos diz: Paz seja convosco! Olhem em minhas mãos e no meu lado e vejam a “marcas”. Essas são marcas do amor de meu Pai por vocês. Essa é a marca do meu amor por vocês. Deixe que com as minhas cicatrizes eu possa cuidar de suas feridas, oferecendo a vocês a paz, o amor e a vida no meu Reino e sobre os meus cuidados. Amém.

Coxim re-inicia reunião do grupo de Servas...

Coxim-MS: O último sábado, dia 14 de abril de 2012, foi especial para a Comunidade Evangélica Luterana "Paz" de Coxim-MS. Nesse dia teve o re-inicio da reunião do grupo de servas da comunidade. A reunião contou com a presença de 5 servas e abordou o tema "Abençoadas para sermos uma bênção no mundo" - Gn 12.1-2 e Rm 15.29. As servas ainda discutiram projetos dentro da comunidade e a participação no congresso distrital de Servas, em agosto na cidade de Amambai-MS. O grupo se reunirá uma vez ao mês e promete surpresas para a próxima reunião. Venha, seja nosso (a) convidado (a). Pastor Elton Americo - CEL Paz de Coxim-MS

Rio Verde inicia reunião de grupo de servas...

Coxim-MS: Teve início no último dia 8 de abril, na comunidade "Emanuel" de Rio Verde do MT-MS, grupo de servas. A primeira reunião contou com a presença de 7 servas, e abordou o tema "Ressurreição". O grupo ainda se reuniu e ensaiou um hino especial que cantaram no culto de páscoa realizado logo em seguida a reunião. O grupo se reunirá uma vez ao mês, e tem como objetivo estudar a palavra de Deus e promover a comunhão com as mulheres da comunidade. Esse é o primeiro grupo de Servas da comunidade desde a sua fundação.Parabéns Servas de Rio Verde. Pastor Elton Americo

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Jesus nos guia pelo caminho da Salvação - Mc 14.1-15.47

Coxim/MS - Um poeta certa vez escreveu as seguintes palavras: “Caminhar é preciso, só não sei qual o caminho seguir. Muitas são as direções, perdido estou”. Esse poeta escreveu essas palavras em um momento de muita dificuldade em sua vida. Frente a todas as suas dores, precisava continuar a “caminhar”. Frente às dificuldades que surgem em nossas vidas, muitas vezes nos encontramos como o poeta diz: precisando caminhar, continuar em frente, “tocar o barco”, mas não sabemos qual caminho seguir. Em meio ao desespero de nossa vida frente à morte, a depressão, aos problemas dentro do lar, nos relacionamentos, etc. nos encontramos perdidos sem saber para onde correr, onde buscar ajuda. Nos deparamos como em uma “encruzilhada” que aponta para várias direções, mas que não nos leva a lugar algum. No texto bíblico que relata a Paixão de Jesus Cristo, vemos uma placa sinalizando para um caminho, que nos oferece amparo, consolo, esperança, um lugar onde podemos nos refugiar em meio as nossas aflições. E quem nos guia por esse “caminho” é o próprio Salvador Jesus. Quando nos deparamos perdidos frente aos muitos caminhos que nos são oferecidos, mas, que não trazem a nós aquilo que mais precisamos, que é ter uma consciência tranquila e em paz diante de Deus, a certeza do seu perdão, Jesus nos convida a trilhar um “caminho” novo, caminho que foi marcado com seu sofrimento, dor e sangue para que nós não viéssemos a nos perder novamente e, ali, encontrar a certeza do perdão diante de Deus e a vida em seu reino. Quando olhamos para esse caminho o qual Jesus quer nos conduzir, duas coisas nos chamam a atenção: 1. Jesus carrega sobre os seus ombros as nossas dores durante a nossa caminhada: “Então conduziram Jesus para fora, com o fim de o crucificarem. E ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário” (Mc 15.20). A cruz que pesava sobre os ombros de Jesus era maior do que apenas a cruz material feita de madeira. Antes, eram as nossas dores, os nossos sofrimentos, as nossas angustias, o nosso abandono, a nossa rejeição que pesava sobre ele. O profeta Isaías nos faz lembrar essa realidade quando diz: “ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. (Is 53.4). O profeta aponta para duas direções quando fala do sofrimento daquele que viria para libertar o povo do seu sofrimento: trazer a paz e ser sarados de suas enfermidades. Esse é o resultado do “caminho” pelo qual Jesus nos convida a caminhar: nos trazer a paz e sermos sarados de nossas enfermidades. Podemos ter a certeza de que quando nos deparamos perdidos frente aos problemas que nos cercam, Jesus nos aponta o “caminho” onde podemos buscar auxílio frente aos nossos problemas, oferecendo a cada um de nós o consolo por meio de sua morte e ressurreição. É na morte e ressurreição de Jesus que nós podemos encontrar aquilo que mais necessitamos aqui nesse mundo: o perdão que nos traz a paz e a certeza que a nossa maior enfermidade foi sarada, o nosso pecado; 2. O Caminho da cruz se torna o caminho da Salvação: O apóstolo Paulo em sua segunda carta aos Coríntios nos revela como a cruz se tornou o caminho de nossa salvação: “a saber que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando (colocando sobre os homens) as suas transgressões...”(2 co 5.19). Reconciliar significa fazer as pazes, tornar-se íntimos novamente. Ao ser condenado na cruz, carregar sobre seus ombros os pecados de toda humanidade, Jesus esta reconciliando, fazendo as pazes entre Deus e o ser humano, trazendo o homem novamente a intimidade com Deus, como era no principio da criação. Por isso, salvação é muito mais do que apenas uma ideia ilusória de além, mas ela é o restabelecimento de um íntimo convívio com Deus. Um íntimo convívio que se inicia já aqui nesse mundo, com os cuidados que o próprio Deus nos oferece, nos amparando, consolando e perdoando. Nessa nova intimidade, Deus não olha mais para o nosso pecado, mas antes para o caminho ao qual Jesus “marcou” com sua condenação, sofrimento, sangue e cruz rumo ao Calvário. “Caminhar é preciso” e Jesus nos revela o “caminho”. E esse caminho passa pelo “caminho da CRUZ” onde nós somos reconciliados com Deus para um íntimo convívio de perdão e salvação com o nosso Pai Celeste. Nesse caminho nós encontramos a paz e somos sarados de todas as nossas enfermidades. Pastor Elton Americo - CEl Paz de Coxim-MS

Páscoa para enfermos

Coxim/MS - A última quarta feira, dia 04/04/2012, foi um dia muito especial para o Hospital Regional de Coxim-MS. Tudo começou com a ideia de se fazer um devocional de páscoa no hospital regional de Coxim-MS. Mensagem preparada, ordem da devoção pronta, hinos ensaiados, etc. Mas, faltava uma coisa, a mais importante de todas, as pessoas, os pacientes para poderem participar do devocional. Justamente nesse dia, todos os paciente eram "acamados" e não podiam sair de seus quartos. O que fazer? Desistir? Ir embora frustrados? De maneira nenhuma. Com a viola na mão, o grupo de visitadores da Capelania Hospitalar, Pastor Daniel U. Camargo e sua esposa (Igreja Presbiteriana) e Pastor Elton Americo (Igreja Evangélica Luterana do Brasil) foram de quarto em quarto cantando e transmitindo a mensagem da Morte e Ressurreição de Jesus. E para coroar esse dia abençoado, foi feito também um trabalho devocional com cânticos e mensagens, dirigidas pelo Pastor Elton Americo (IELB) para a equipe de enfermagem do hospital. Aproximadamente mais de 40 pessoas entre paciente, visitantes, enfermeiras, etc. foram agraciados com a mensagem da Ressurreição de nosso Salvador Jesus. Pastor Elton Americo - CEL Paz de Coxim-MS